terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Hora do Ace com Riad Ribeiro

O convidado desta edição da Hora do Ace é o meio de rede do RJX, Riad Ribeiro.  O jogador carioca que começou sua carreira jogando nas categorias de base do Flamengo e foi campeão italiano e mundial pelo Trentino  conversou com a gente sobre sua carreira, a volta ao Brasil e a expectativa para essa Superliga.
Foto: Divulgação
Como o vôlei entrou na sua vida?
Depois do ouro olímpico em Barcelona. Assiti todos os jogos daquela campanha e comecei a jogar na rua com os amigos. Mas comecei mesmo a treinar em 96.

Você jogou durante muito tempo na Itália.  A estrutura do vôlei brasileiro mudou muito nesse tempo que você esteve fora do Brasil?
Não mudou. Falando de Superliga e Campeonato Italiano, a diferença é muito grande. Principalmente em relação aos ginásios. Também tem o calendário. Lá o campeonato começa em Setembro e termina em Maio. Nove meses de campeonato. Um jogo por semana aos domingos e tem a Supercopa em um jogo isolado e uma semana de Copa Itália. O desgaste é menor. Você tem tempo pra se organizar em relação a viagem, preparar a partida, treinos... Aqui não. A superliga começa em Dezembro e termina em Abril. Cinco meses. Dois jogos por semana. Quinta e sábado. Joga por exemplo em Santo André na quinta à noite e sábado a tarde em Montes Claros. Tendo que pegar avião, ônibus, treinar, preparar a partida, descansar... Isso tudo em menos de dois dias. Muito desgastante.

Foi difícil tomar a decisão de voltar para o Brasil depois de tanto tempo jogando na Itália?
Muito difícil. Me adaptei muito bem a Itália em todos os sentidos. Fiz grandes amigos. Me sentia em casa. Um dia eu volto...

O fato de jogar no Rio, seu estado, contou muito nessa volta?
Foi um dos fatores que mais influenciou. Sai muito cedo do Rio e fui jogar no Sul. Lá fiquei 6 anos e depois 5 na Itália. Como disse antes foi muito difícil ter que voltar. Mas estava precisando estar mais perto da minha família.

Como é para você jogar no primeiro time grande do Rio, depois de 12 anos?
 O Rio sempre foi um  estado formador de grandes técnicos e jogadores e ninguém sabia responder o porque  o Rio não tinha um time na Superliga. Então por esse fato é que a responsabilidade é enorme. Mas estou tentando encarar como uma responsabilidade prazerosa e não como uma pressão.

Qual foi à emoção de estreiar no Maracanãzinho lotado?
 Foi grande. Já joguei em grandes ginásios mas no Maracanãzinho eu nunca tinha pisado na quadra. Depois de 11 anos minha família pode assistir um jogo meu dentro do ginásio e sempre se tratando de Maracanãzinho. A festa foi linda, o publico maravilhoso. Só não joguei muito bem. Acho que dá pra melhorar pra Superliga... Rsrsrs

Foto: Debora Freitas
Depois de muito tempo, o estado do Rio tem dois times jogando na Superliga. Como você vê o cenário atual do vôlei carioca?
Vejo querendo crescer. Com mais interesse pelo vôlei que é um esporte de massa no Brasil. Onde os ginásios lotam. O publico acompanha e aqui no Rio não é diferente. O vôlei do Rio tava precisando de um incentivo como hoje temos o CSN em Volta Redonda e a EBX aqui no Rio apoiando o esporte no estado. As categorias de base dos times e as seleções carioca precisam de apoio também. Fiz parte e sei o quanto todos os técnicos de base no Rio trabalham e sem apoio conseguem revelar grandes jogadores pra seleção brasileira.

Foto: Divulgação

O que você espera dessa Superliga?
Muito equilibrada. O nível técnico será muito grande. Mas também grandes surpresas. Na briga pelo título diria que tem 6 equipes.

Qual foi o momento mais marcante da sua carreira até hoje?
 A Final da Champions League de 2009 em Praga. Foi um jogo muito especial pra mim...


Nathalia Fischer

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