quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pequenas brilhantes da seleção feminina

Foto: Divulgação

As líberos da seleção brasileira feminina de vôlei, Fabi e Camila Brait desconversam quando o assunto é altura. Ao serem questionadas sobre quem é a maior, começa logo a disputa. Segundo dados oficiais da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), com 1,68m, Brait tem um centímetro a mais do que Fabi. Cientes de que a altura poderia ser um empecilho, caso se aventurassem por outras posições no voleibol, as duas provam com defesas "impossíveis" e passes perfeitos que são, hoje, as melhores líberos do país.
Fabi e Camila Brait estão entre as 12 jogadoras que representam o Brasil no Torneio Pré-Olímpico Sul-Americano feminino de vôlei, em São Carlos (SP). A competição vale vaga para os Jogos Olímpicos de Londres, este ano.
O primeiro encontro entre as atletas aconteceu em 2006. A seleção brasileira feminina de vôlei se preparava para disputar o Campeonato Mundial. Fabi era a líbero titular da equipe. Já Camila Brait acabava de chegar na seleção juvenil que disputaria o Sul-Americano da categoria. Juntas, as duas fizeram toda a preparação para os respectivos campeonatos no Aryzão, o Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema (RJ).
"Tenho essa história legal com a Brait, antes do Mundial de 2006. Ela ainda estava no juvenil e foi no meu quarto dizer que estava torcendo por mim. Três anos depois estava com ela na seleção principal. Hoje ela está disputando vaga nos Jogos Olímpicos. Acompanhar o crescimento dela foi muito especial", disse Fabi.
Camila Brait também guarda com carinho o momento vivido em Saquarema. "Torci demais para aquele grupo e era muito fã daquela equipe. Fui ao quarto da Fabi para dizer que torcia muito pela vitória da seleção. Ficava encantada em comer ao lado delas no refeitório. Hoje é uma honra estar no mesmo grupo. É muito bom atuar ao lado de várias campeãs olímpicas. Todas são um espelho dentro da seleção", garantiu Camila Brait.
Fabi, que em 2012 completa 11 anos de serviços prestados à seleção brasileira feminina de vôlei, também lembra com carinho do começo na seleção. "O início marca muito. A minha primeira convocação foi em 2001, quando joguei uma Copa dos Campeões. Tudo era muito novo. Outro dia estava lembrando a primeira viagem. Não tinha dólar, nem cartão de crédito para comprar as coisas. Era uma juvenil no meio de um monte de gente que admirava e tinha como ídolo", explicou a líbero, que garante ainda sentir uma grande emoção ao vestir a camisa da seleção.
"Ainda vivo um sonho em disputar a vaga para ir aos Jogos Olímpicos. Tenho camisa de todos os anos que defendi a seleção. Guardo as minhas histórias. O que vai ficar são os momentos vividos. Daqui a alguns anos vou virar uma boa contadora de histórias e tenho certeza de que as pessoas vão gostar de ouvir", disse Fabi.
As duas jogadoras se admiram e não cansam de elogiar uma a outra. No entanto, quando o assunto é a altura, a disputa recomeça.
"Lógico que sou maior. Ela está roubando se ela falar que é maior. Tenho 1,68m e ela 1,66m. Pode pegar a fita métrica", brincou Camila Brait.

Divulgação

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